sexta-feira, 24 de agosto de 2012

As pteridófitas

Pteridófitas

Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas. A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa 'feto'; mais phyton, 'planta'. Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que lembra a posição de um feto humano no útero materno. Antes da invenção das esponjas de aço e de outros produtos, pteridófitas como a "cavalinha", cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem folhas muito ásperas, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza. No Brasil, os brotos da samambaia-das-roças ou feto-águia, conhecido como alimento na forma de guisados.
Atualmente, a importância das pteridófitas para o interesse humano restringe-se, principalmente, ao seu valor ornamental. É comum casas e jardins serem embelezados com samambaias e avencas, entre outros exemplos.
Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes.

Reprodução das pteridófitas

Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada.
Para descrever a reprodução nas pteridófitas, vamos tomar como exemplo uma samambaia comumente cultivada (Polypodium vulgare).
A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito
Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução - em cada soro são produzidos inúmeros esporos.
Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um protalo.
O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito.
O protalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera, fecundado-a. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião.
O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.
Como você pode perceber, tanto as briófitas como as pteridófitas dependem da água para a fecundação. Mas nas briófitas, o gametófito é a fase duradoura e os esporófitos, a fase passageira. Nas pteridófitas ocorre o contrário: o gametófito é passageiro - morre após a produção de gametas e a ocorrência da fecundação - e o esporófito é duradouro, pois se mantém vivo após a produção de esporos.


As Briófitas



As Briófitas

As briófitas são plantas pequenas, com poucos centimetros de altura, que vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados. Em seu corpo é constituido de:
àrizoides: filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponiveis nesse ambiente;
àcauloide: filamentos onde partem os filoides;
àfiloides: estruturas clorofiladas capazes de fazem fotossintese.
      Essas estruturas são chamadas assim rizoide,cauloide e filoide devido não possuirem a mesma organiozação de raizes,caules e folhas das pteridofitas,gimnospermas e angiospermas. Faltam-lhe vasos condutores especializados no transporte de nutrientes.
       Uma caracteristica mais marcante das briófitas é a ausência de vasos condutores de nutrientes . Por isso, a água absorvida do ambiente é transportada nessas plantas de célula por célula,ao longo de seu corpo. Esse transporte é relativamente lento e limita seu desenvolvimento.

Reprodução das briófitas



Pra explicar a reprodução das briófitas, tomaremos como modelo o musgo.
Nas briófitas, os gametófitos têm geralmente os sexos separados. Em certas épocas, os gametófitos produzem uma pequena estrutura, geralmente na região apical. Ali os gametas são produzidos. Os gametas masculinos produzem gametas móveis, com flagelo: os anterozóides. Já os gametófitos femininos produzem gametas imóveis, chamados oosfera,
Uma vez produzidos na planta masculina, os anterozóides podem ser levados até uma planta feminina com pingos de água de chuva que caem e respingam. Na planta feminina, os anterozóides nadam em direção a  oosfera; da união entre um anterozóide e uma oosfera surge um zigoto,que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta feminina.Em seguida, o embrião se desenvolve e origina uma fase assexuada chamada esporófito , a fase produtora de esporos.
O esporófito possui uma haste e uma cápsula. No interior da cápsula formam-se os esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido.
O musgo verde, clorofilado, constitui a fase denominada gametófito, considerada duradoura porque se mantêm vivo após a produção de gametas. Já a fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta pela qual cresce em cima.O esporófito é considerado a fase passageira.